Os gerbils são animais sociais que vivem em grandes colônias familiares na natureza. A convivência com outros da mesma espécie proporciona não só companhia, mas também estímulo mental e emocional. Na natureza, eles vivem em colônias que chegam até quase 20 indivíduos, onde desenvolvem complexas interações, em uma estrutura social matriarcal. No entanto, em cativeiro, o espaço limitado torna impraticável a reprodução desse comportamento social em larga escala, sendo mais seguro manter pequenos grupos.
Como pets, gerbos que vivem sozinhos tendem a apresentar uma expectativa de vida menor e a serem menos saudáveis. Eles podem demonstrar sinais de estresse e depressão, como aumento do tempo de sono, comportamento letárgico e até vocalizações de angústia. Além disso, é comum que esses gerbos fiquem acima do peso e frequentemente demonstrem comportamentos de infelicidade. A companhia de outro gerbo é fundamental, pois ele precisa de um parceiro para brincar, dormir, comer e se pentear.
Tanto machos quanto fêmeas convivem bem com indivíduos do mesmo sexo, especialmente se forem da mesma ninhada ou se forem apresentados um ao outro entre 6 e 8 semanas de vida. O recomendado é manter os gerbos em pares do mesmo sexo, já que pares costumam ser mais estáveis do que grupos maiores, onde podem ocorrer brigas por dominância. No entanto, para criadores mais experientes, grupos do mesmo sexo de até 3 fêmeas ou até 4 machos também podem ser seguros, mais do que isso já é considerado um risco para os animais.
O recomendado é sempre optar por duplas do mesmo sexo, deixando a formação de trios para situações em que não há um quarto indivíduo para formar uma segunda dupla, assim formando um trio você evita que o terceiro animal viva sozinho. Quando há 4 gerbils machos, a recomendação mais segura seria manter duas duplas em vez de um grupo com 4 indivíduos.
Há também alguma informação sobre os grupos com números ímpares de gerbils serem mais propensos a desagregação e brigas. Em trios, por exemplo, seria como se 2 animais se juntassem para excluir o outro, com comportamentos territorialistas e brigas. Isso também pode acontecer com uma dupla, mas é menos comum.
Além da companhia e da segurança, os gerbos também têm alta taxa de reprodução, o que reforça a necessidade de manter duplas do mesmo sexo para evitar crias indesejadas ou superpopulação. Em um ano, um casal de gerbils pode ser capaz de produzir uma média de 84 filhotes!
ATENÇÃO: Nunca coloque gerbils desconhecidos juntos sem fazer a apresentação!
A introdução de dois gerbos desconhecidos deve ser feita utilizando o método split de apresentação, em um alojamento apropriado, fazendo a troca de lados, sempre com cuidado e observação, para garantir uma apresentação tranquila e prevenir conflitos territoriais. Saiba mais sobre esse método no artigo Apresentação e Método Split: Como juntar 2 Gerbils?
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